Carta aberta

Por que criei “O Futurista”

Senta aqui comigo um minuto.
Quero te contar por que decidi criar esse lugar que eu resolvi chamar de “O futurista”.
Mas, antes disso, deixa eu te fazer uma pergunta simples — que talvez soe meio filosófica mas acho que cabe muito bem aqui nesse momento para entender que tipo de você você é.

Somos mesmo capazes de prever o futuro?

E mais: vale a pena estudar o que ainda nem aconteceu?
Essa pergunta não é nova.

Aliás, sempre que alguém começa a falar de futuro, surgem os dois lados da mesa:

De um lado, tem quem diga que isso é viagem, apenas uma brisa das 16:20.
Que estudar o futuro é tentar adivinhar o impossível. Que o mundo já tem problemas demais no presente para perder tempo com previsões mirabolantes.

Do outro lado, estão os que acreditam que não estudar o futuro é o maior risco de todos.
Porque, mesmo que ele não seja previsível, ele vai chegar.
E, se a gente não estiver minimamente preparado, ele vai atropelar tudo, inclusive você.

Eu entendo os dois lados.
Já fui cético, já fui otimista demais — hoje eu tento buscar equilíbrio.
Foi aí que comecei a me aprofundar num campo chamado futurismo estratégico.

E não, isso não tem nada a ver com “bola de cristal”. É algo muito mais sério.

Futurismo de verdade é método, é disciplina, é estudo de tendências, de padrões, de sinais que estão no mundo agora e apontam para onde as coisas podem ir.

Não se trata de prever, mas de imaginar com consciência, com base em dados, evidências e raciocínio estratégico, de entender as probabilidades, analisar possíveis caminhos que nossa sociedade poderá tomar, basicamente é encontrar as pequenas peças do quebra-cabeças e montar o mosáico e ver uma possível paissagem.

É tentar responder à pergunta: E se…? — e assim, ser capaz de se preparar para as possibilidades de cada um desses possíveis futuros.

Mas tem um detalhe importante:

Aqui não é lugar de exagero e sensacionalismo, pois ambos matam essa conversa.

E, infelizmente, tem muito disso por aí.
Gente prometendo revoluções semanais, vendendo hype como se fosse verdade absoluta.
Eu não quero seguir esse caminho.

“O Futurista” nasceu como um espaço de lucidez, de conversa sincera e realista.

Um lugar onde a gente pode falar sobre o futuro da tecnologia, trabalho, sociedade, educação, inovação — com profundidade, com cuidado, com senso crítico.

Quero provocar reflexões, sim. Mas sem perder o pé no chão.

Quero compartilhar análises, estudos, cenários, aprendizados — e, acima de tudo, perguntas que ainda não temos coragem (ou tempo) de fazer.

E não quero fazer isso sozinho, essa página é um convite a reflexo.
Quero que você pense, discorde, concorde e contribua.

Porque o futuro não é um lugar para onde a gente vai — é algo que a gente irá construir.

E, sinceramente,

acho que nós precisamos participar dessa construção de forma mais consciente, mais ativa, mais pragmática.

Bem-vindo(a) ao O Futurista.

Aqui, a gente pensa no que vem pela frente — pra agir melhor agora.
Com clareza e sem exagero.
Porque o futuro, antes de tudo, precisa de lucidez.

— Allan Torres